Hoje eu subi ao monte para ter um
minuto contigo, um minuto marcante, um minuto para falar da saudade, da saudade
que tenho de ti. Um minuto parece ser muito pouco, mas para a saudade um minuto
é suficiente para aumentá-la.
Hoje o sol se despediu primeiro, seus raios
tímidos enfraquecidos pelo cair do crepúsculo eram vistos como frestas entre as
palmeiras, se despediu antes mesmo do meu querer, antes da saudade ir embora,
na verdade ela não se foi, desceu o monte comigo e me acompanhou no crepúsculo,
o sol se despediu e foi-se deixando a sombra do entardecer como companhia...
Depois de alguns minutos de melancolia
a noite trouxe um belo céu estrelado, céu de nordeste, céu de fim de verão,
cada estrela com seu brilho anunciando a proximidade do Outono.
Essa saudade carregada de carinho, de
amor, de paixão, de querer, toma conta do espaço nu que há em meu coração.
Uma saudade que despede o sol, o crepúsculo,
a lua, as estrelas e as estações do ano, pois o único desejo é estar com você,
é ser teu inicio de Outono e te acompanhar por todas as estações.
Amanhã talvez eu não suba, pois a
saudade me enfraquece e me lança pensamentos mil e me tira a razão... Avessa ao
momento vivo o hoje de forma única, sem me preocupar com as surpresas do
amanhã... Se depois de amanhã eu subir ao monte enviar-te-ei um sinal de fumaça
para lembrar – te que além da saudade que sinto não paro de pensar em ti, meu
doce Outono.
Elizaete Ribeiro

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