sábado, 4 de janeiro de 2014

VIVÊNCIAS, de Lin Quintino



Caminho como um rio,
deslizando entre margens.
No cabelo uma névoa,
Serena.
Nas mãos ossudas,
uma velha caixa,
onde resguardo o tempo.
Não mostro o rosto nem as lágrimas,
por trás da máscara.
Mostro a alma,
dentro do corpo ressequido.
A vontade de abrir a caixa,
tirar todas as dores que contêm,
e, de repente, tecer, desesperadamente
todos os segredos e caminhos
capaz de atravessarem a vida
e me atingirem certeira no alvo.
Dissolver em paz.

 Poetisa: Lin Quintino

Poesia publicada no livro"Meninas Super Poéticas- Vol IV"
Editora Beco dos Poetas - 2014.






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