terça-feira, 25 de fevereiro de 2014


NINGUÉM PRONOME INDEFINIDO

Este poema não é da Liz Rabello,
Mas da Bete, professora de Português...
Com o coração nas mãos,
lágrimas nos olhos
e aposentadoria correndo em suas tramitações...
Nunca imaginei que EU,
fosse um pronome tão pessoal...
EU, aposentada... EU, fora de cena...
EU, em casa... Eu, NINGUÉM...
Este pronome indefinido...
NINGUÉM me avisou que seria tão difícil assim!

(In MENINAS SUPER POÉTICAS II, por Liz Rabello, página 67, Editora Beco dos Poetas, 2012)

Em 2011, após completar trinta e um anos de trabalho, pedi minha aposentadoria. Híper merecida já que ultrapassara seis anos do habitual tempo de vinte e cinco anos de magistério, que o sistema previdenciário exige. No entanto o sentimento que se apossou de mim era de uma tristeza avassaladora. Mudei de escola, ambiente, alunos, amigos, numa tentativa de juntar forças para conseguir realizar a missão que me propunha. Não consegui. Rasguei o processo em andamento e permaneci na sala de aula até hoje. Concomitante, comecei a escrever, publicar, viajar pelo Brasil com a Academia de Letras, participar de Saraus e hoje, eis-me aqui pronta para iniciar uma nova jornada em minha vida: Enfim, vou mesmo me aposentar!


MINHA APRESENTAÇÃO NO SARAU BECO DOS POETAS...


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Um comentário:

  1. Querida, tb sou professora e amei seu poema, a despeito do tom melancólico autobiográfico. Venho pedir licença para usá-lo em minhas aulas sobre pronomes.... abraços poéticos.

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